quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Na escola inclusiva, o processo educativo deve ser entendido como um processo social.

A pedagoga Wanessa Delgado da Silva Ronque evidencia que na escola inclusiva, o processo educativo deve ser entendido como um processo social, onde todas as crianças, jovens e adultos PCDs ou com transtornos, síndromes e distúrbios possam ter o direito a uma escolarização com objetivos no desenvolvimento de habilidades, para que todos ao longo de sua caminhada educacional possam projetar competências, afinal a escola inclusiva deve ser entendida como um processo social, onde todos os alunos típicos e atípicos possam usufruir o “direito à escolarização o mais próximo possível do normal” (Rodrigues, 2017, p. 3).

 Desafio cultural e operacional: O desafio cultural demanda tempo e sensibilização para conseguir efetivar a mudança de mentalidade. O desafio operacional demanda investimentos financeiros, do governo e das escolas particulares. Nas escolas particulares, boa parte dos custos financeiros das mudanças é repassado para os pais dos alunos. Isso tem causado incômodo nas escolas, pois muitos questionam o fato de partilharem essa conta. Esse tipo de pensamento e atitude reforça a necessidade de trabalhar com a família os pilares de valores, diversidade e cultura, engajando-os na causa. Na outra ponta, em muitas escolas públicas, faltam verbas para implementar todas essas mudanças. Talvez seja por isso que, mesmo anos após o PNE de 2011, muitas escolas no Brasil ainda estão completamente fora desse contexto de inclusão. Por “força de lei, aceitam o aluno, mas o marginalizam internamente de forma velada”. (SILVA RONQUE, 2022).

 

 A inclusão é um desafio para a escola como um todo, sendo necessário o conhecimento do meio em que a criança está inserida para que as atividades propostas na escola fiquem próximas da realidade vivenciada pelo incluso, e assim ele se adapte com maior facilidade ao contexto educativo e participe ativamente do processo de aprendizagem. Sobre isso, “é importante que os professores, demais alunos e famílias se adaptem ao meio em que a criança inclusa está inserida, dando a devida importância para tamanha contribuição na vida escolar dessa criança” (SILVA RONQUE, 2022).

 

Como se nota, as ações educativas voltadas para a inclusão são aquelas que consideram todos os alunos típicos e atípicos, como seres únicos e diferentes, mas com características peculiares, e capazes de aprender, de transformar a realidade em que vivem. Para isso, aqueles que possuem limitações de aprendizagem e que por isso podem ser considerados inclusos, devem contar com o atendimento educacional especializado - aí reside a importância de o educador estudar e estar preparado para lidar com a diversidade e contar com o apoio desses profissionais.


 

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