O autor Vinícius Guiraldelli Barbosa, possui administração pública pela UFU e destaca que a barreira comunicacional: dificuldade gerada pela falta de informações a respeito do local, em função dos sistemas de comunicação disponíveis (ou não) em seu entorno, visuais (inclusive em braile), lumínicos e/ou auditivos. Vinícius enfatiza que a barreira comunicacional com ênfase na implementação de políticas públicas podem ser situados como uma vertente do campo de análise com foco na administração publica, que busca olhar para o momento específico da materialização ou concretização das políticas e têm como ponto de partida a ideia de que as políticas públicas podem ser analisadas como um ciclo que perpassa diferentes fases: agenda, formulação, implementação e avaliação. Na figura 1, podemos evidenciar que esse ciclo não condiz necessariamente com a realidade, mas é um relevante instrumento analítico para entendermos os processos decisórios que fazem parte das políticas públicas.
A barreira atitudinal é gerada pelas atitudes e comportamentos dos indivíduos, “impedindo o acesso de outras pessoas a algum local, quer isso aconteça de modo intencional ou não, este é um contexto que se resolve com conscientização e diálogo” (ISCHKANIAN, 2022).
Simone Helen Drumond Ischkanian (Direito IAMES) contextualiza, para que haja de fato uma educação inclusiva eficaz no Brasil, é preciso o comprometimento político, pedagógico e da sociedade em:
PARTICIPAR |
EXIGIR |
Para fazer valer esses direitos que constam nas leis, mas que ainda não são oferecidos a todos em todos os lugares e principalmente na educação.
Uma educação verdadeiramente inclusiva reconhece a diversidade do seu alunado e, por isso mesmo, adapta-se às suas características de aprendizagem.
A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO
No Plano Nacional de Educação brasileiro, são considerados alunos com NEE aqueles com: deficiência visual e auditiva, deficiência intelectual, deficiência física, transtorno global de desenvolvimento (TGD) e altas habilidades. A Unesco amplia esse conceito para relações étnico-raciais e povos indígenas. Na educação inclusiva, os espaços são adaptados para o convívio de todos, assim como os materiais utilizados nas atividades. Mas ela não se limita a isso! É uma educação que busca identificar todo e qualquer obstáculo que o aluno possa enfrentar e eliminar as barreiras.
Os desafios da “educação inclusiva no Brasil são diversos, tendo em vista que por décadas a ideia de educação inclusiva fica presa a teoria e sua prática comprometida” (ISCHKANIAN, 2022).
A educação inclusiva é muito importante e traz benefícios para a escola e a sociedade. Existem 5 pilares principais:
Todos têm o direito de acesso à educação;
Todos aprendem;
A aprendizagem de cada pessoa é singular;
O convívio no ambiente escolar comum beneficia a todos; e
A educação inclusiva diz respeito a todos. Estes são os conceitos que sustentam a educação inclusiva.
A COMUNIDADE ESCOLAR DEVE ESTÁ DESPREPARADA
Quiçá o principal desafio que a educação inclusiva no Brasil encontra seja a despreparação da comunidade educativa para lidar com a inclusão. Assim, quando alunos típicos têm contato com aqueles que precisam de ações inclusivas, é natural que eles encontrem dificuldades de comunicação e convívio. Por isso, “é importante que estudantes, professores, coordenadores, diretores e todos do ambiente educacional, possuam capacitação para receber e educar de forma global os alunos atípicos” (GUIRALDELLI BARBOSA, 2022).
A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E AS POSSIBILIDADES DE PRATICAS EDUCACIONAIS INOVADORAS NA CONTEMPORANEIDADE.
As ações de inclusão na escola influenciam nos resultados da educação que ela oferece, sendo que para favorecer uma inclusão escolar com equidade, seguem seis dicas para garantir a inclusão na escola. São elas: conhecimento do aluno em sua totalidade, formação dos profissionais, integração efetiva entre o professor da sala de recurso multifuncional e os do ensino regular, atendimento na sala de recurso multifuncional, uso da tecnologia dentro da escola e parceria escola e família.
Toda pessoa tem o direito de acesso à educação: O Artigo 26º da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é bastante claro sobre o tema:
“Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito”.
Nesse sentido, o ensino precisa ser inclusivo e contemplar todas as pessoas, independentemente da existência de necessidades educacionais especiais ou não. Isso significa que todos devem ter acesso ao sistema educacional sem empecilhos ou restrições devido às suas demandas de aprendizado.
Toda pessoa aprende: O segundo princípio diz respeito ao reconhecimento das capacidades cognitivas que os alunos possuem. É preciso reconhecer que há diversidade na maneira como os estudantes aprendem; entretanto, ela não representa um motivo para subestimar a evolução de qualquer pessoa. A educação voltada à inclusão precisa compreender as questões particulares relacionadas a termos intelectuais, sensoriais e físicos para, então, “elaborar estratégias pedagógicas que consigam atender às demandas dos alunos com NEE” (GUIRALDELLI BARBOSA, 2022).
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