quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Barreiras arquitetônicas presentes no cotidiano das cidades.


 

A doutora em Ciências Agrárias, pela UFRA - Alcione Santos de Souza corrobora que a acessibilidade está vinculada à superação das barreiras que estão relacionadas ao espaço físico, classificados como arquitetônicas instrumentais e ao relacionamento interpessoal ou as comunicacionais, metodológicas, programáticas e atitudinais. Conforme a figura 1, as barreiras arquitetônicas são todo tipo de obstáculo que impede as pessoas de desfrutarem e ocuparem o espaço físico. Elas são as mais fáceis de identificar e estão presentes tanto nas residências e estabelecimentos comerciais quanto no espaço público.

 

Figura 1: Barreiras arquitetônicas presentes no cotidiano das cidades.

Fonte: Autores (2022)

 Entre os diversos tipos de barreiras existentes, de comunicação, discriminatórias, invisíveis, entre outros, estão as arquitetônicas e em algumas situações estas barreiras podem ser involuntárias, mas em outros casos, podem surgir ou serem provocadas pelos descanso, desrespeito ou total desobediência às leis vigentes.

As principais barreiras arquitetônicas ambientais, naturais ou resultantes de implantações arquitetônicas e urbanísticas, impedem a acessibilidade, quando o mais econômico era combatê-las, evitando que esses projetos fossem aprovados e construídos desta maneira, sem obedecer a critérios ou exigências mínimas das leis e normas.

O Preconceito é infelizmente, o preconceito ainda é um dos maiores desafios da educação inclusiva no Brasil.

É importante lembrar que a educação inclusiva engloba os seguintes grupos: alunos com deficiência; alunos com transtornos globais de desenvolvimento ou transtorno do espectro autista; alunos com altas habilidades ou superdotados.

A única maneira de vencer o preconceito é através de uma “conscientização plena, contextualizada em projetos e planejamentos, para o contato, convívio e desenvolvimento do respeito” (SANTOS DE SOUZA, 2022).

 

 

A acessibilidade é imprescindível em qualquer ambiente.


 

O Método de Portfólios Educacionais SHDI (Inclusão, Autismo e Educação) destaca em suas atividades globalizantes que é no dia a dia escolar que alunos típicos e atípicos, enquanto atores sociais têm acesso aos diferentes conteúdos curriculares, “os quais devem ser organizados de forma a efetivar a aprendizagem” (Brasil, 2004, p. 8).

 

A Especialista em Educação Especial e Psicóloga Escolar e Educacional, Rita de Cássia Soares Duque, aflora que para a Educação Inclusiva seja bem-sucedida na escola ou em qualquer ambiente educacional é imprescindível que a acessibilidade se faça presente, desde a entrada até os equipamentos que favoreçam o ensino e a aprendizagem de todos os alunos típicos e atípicos. “A acessibilidade pode ser definida como a forma de organizar os espaços para que todas as pessoas possam utilizá-lo de forma autônoma” (DANZIGER DE MATOS, 2022).

 

Compete à educação oferecer respostas específicas adequadas e diversificadas, que proporcionam aos alunos (típicos e atípicos), “condições de superar ou compensar as suas dificuldades de aprendizagem, independentemente das causas que provocaram tal problema em seu processo de escolarização”. (SOARES DUQUE, 2022).

 

A educação inclusiva diz respeito a todos: Quando falamos em inclusão, não se trata apenas de incluir uma pessoa a um grupo restrito. O conceito abrange a adesão de todos os que estão envolvidos no ensino. Dessa forma, família, comunidade, educadores, gestores escolares e demais pessoas relacionadas precisam fazer parte deste processo.

Para que a inclusão ocorra e favoreça todos os envolvidos nesse processo, faz-se necessário que o professor repense e reestruture “estratégias de ensino para não ficar preso ao espaço delimitado na sala de aula, faz se necessário repensar nas práticas pedagógicas até mesmo numa nova gestão da classe” (SOARES DUQUE, 2022).

 

Como se nota, as ações educativas voltadas para a inclusão são aquelas que consideram todos os alunos típicos e atípicos, como seres únicos e diferentes, mas com características peculiares, e capazes de aprender, de transformar a realidade em que vivem. Para isso, aqueles que possuem limitações de aprendizagem e que por isso podem ser considerados inclusos, devem contar com o atendimento educacional especializado - aí reside a importância de o educador estudar e estar preparado para lidar com a diversidade e contar com o apoio desses profissionais.

Na escola inclusiva, o processo educativo deve ser entendido como um processo social.

A pedagoga Wanessa Delgado da Silva Ronque evidencia que na escola inclusiva, o processo educativo deve ser entendido como um processo social, onde todas as crianças, jovens e adultos PCDs ou com transtornos, síndromes e distúrbios possam ter o direito a uma escolarização com objetivos no desenvolvimento de habilidades, para que todos ao longo de sua caminhada educacional possam projetar competências, afinal a escola inclusiva deve ser entendida como um processo social, onde todos os alunos típicos e atípicos possam usufruir o “direito à escolarização o mais próximo possível do normal” (Rodrigues, 2017, p. 3).

 Desafio cultural e operacional: O desafio cultural demanda tempo e sensibilização para conseguir efetivar a mudança de mentalidade. O desafio operacional demanda investimentos financeiros, do governo e das escolas particulares. Nas escolas particulares, boa parte dos custos financeiros das mudanças é repassado para os pais dos alunos. Isso tem causado incômodo nas escolas, pois muitos questionam o fato de partilharem essa conta. Esse tipo de pensamento e atitude reforça a necessidade de trabalhar com a família os pilares de valores, diversidade e cultura, engajando-os na causa. Na outra ponta, em muitas escolas públicas, faltam verbas para implementar todas essas mudanças. Talvez seja por isso que, mesmo anos após o PNE de 2011, muitas escolas no Brasil ainda estão completamente fora desse contexto de inclusão. Por “força de lei, aceitam o aluno, mas o marginalizam internamente de forma velada”. (SILVA RONQUE, 2022).

 

 A inclusão é um desafio para a escola como um todo, sendo necessário o conhecimento do meio em que a criança está inserida para que as atividades propostas na escola fiquem próximas da realidade vivenciada pelo incluso, e assim ele se adapte com maior facilidade ao contexto educativo e participe ativamente do processo de aprendizagem. Sobre isso, “é importante que os professores, demais alunos e famílias se adaptem ao meio em que a criança inclusa está inserida, dando a devida importância para tamanha contribuição na vida escolar dessa criança” (SILVA RONQUE, 2022).

 

Como se nota, as ações educativas voltadas para a inclusão são aquelas que consideram todos os alunos típicos e atípicos, como seres únicos e diferentes, mas com características peculiares, e capazes de aprender, de transformar a realidade em que vivem. Para isso, aqueles que possuem limitações de aprendizagem e que por isso podem ser considerados inclusos, devem contar com o atendimento educacional especializado - aí reside a importância de o educador estudar e estar preparado para lidar com a diversidade e contar com o apoio desses profissionais.


 

A inclusão é um paradigma que se aplica aos mais variados espaços físicos e simbólicos da sociedade.


 

O especialista em educação, Abraão Danziger de Matos, desponta que a inclusão é um paradigma que se aplica aos mais variados espaços físicos e simbólicos e é uma prática social que se aplica no trabalho, na arquitetura, no lazer, na educação, na cultura, mas, principalmente, na atitude e no perceber das coisas, de si e do outrem. Neste sentido podemos destacar nas palavras do autor, que a escola inclusiva é um espaço comum – ou regular – que acolhe todos os tipos de alunos (típicos e atípicos), independente das diferenças físicas e cognitivas. Nela, são “criadas situações que favoreçam e respeitem os diferentes ritmos e estilos de aprendizagem dos alunos” (Ferreira, 2018, p. 4).

 

“A acessibilidade pode ser definida como a forma de organizar os espaços para que todas as pessoas possam utilizá-lo de forma autônoma” (DANZIGER DE MATOS, 2022).

 

Além do envolvimento da família no processo educativo e das atividades escolares, faz-se necessário que a parceria pedagógica seja uma constante aliada no trabalho docente, para que esse seja bem-sucedido. Nessa direção, convém esclarecer que a “necessária parceria pedagógica para a educação inclusiva, para que os professores das classes regulares e especializadas se situem como sujeitos constitutivos do processo ensino e aprendizagem” (DANZIGER DE MATOS, 2022). 

 

Como se nota, as ações educativas voltadas para a inclusão são aquelas que consideram todos os alunos típicos e atípicos, como seres únicos e diferentes, mas com características peculiares, e capazes de aprender, de transformar a realidade em que vivem. Para isso, aqueles que possuem limitações de aprendizagem e que por isso podem ser considerados inclusos, devem contar com o atendimento educacional especializado - aí reside a importância de o educador estudar e estar preparado para lidar com a diversidade e contar com o apoio desses profissionais.