VAMOS JUNTOS APRENDER A ENSINAR, DESCOBRIR NOVOS CAMINHOS
E RECURSOS QUE FACILITEM A REALIZAÇÃO DE UM TRABALHO COM
EXCELÊNCIA.
Neusa Venditte
Simone Helen Drumond Ischkanian
Atualmente,
o sistema de ensino tem uma necessidade extrema de adotar um especial cuidado
voltado para as práticas pedagógicas, convertendo o processo de ensino e
aprendizagem em uma educação inclusiva, sempre respeitando a diversidade, sem
esquecer que o papel de uma escola moderna deve ser ajudar na construção do
desenvolvimento cognitivo, emocional e social da criança, com o intuito de
promovê-la, a fim de torná-lo um cidadão pleno. Neste sentido o Projeto
Conviver e Inclusão tem projetado significativas possibilidades aos pais,
educadores e terapeutas do Brasil e demais nacionalidades do planeta azul.
Uma
escola inclusiva é bem conceituada por toda comunidade, por representar um
desafio, dado que exigia mudanças na forma de ensinar; exigia maior capacitação
de professores, para saber lidar com várias problemáticas, cujo foco era
assistir ao aluno pelas vias da inclusão.
Nos
dias atuais, o sistema de ensino precisa ter um olhar especial para práticas
pedagógicas, transformando o ensino em uma educação inclusiva, respeitando a
diversidade. Enquanto psicopedagoga comprometida com a educação globalizante, “o
meu papel em uma escola moderna é de ajudar na construção do desenvolvimento
cognitivo, emocional e social dos alunos no contexto da inclusão, a fim de que todos
se tornem um cidadão pleno de possibilidades”, (Neusa Venditte, 2022).
Inclusão:
o que significa? Na sociedade atual, ouve-se, com frequência, falar de
inclusão. Afinal, o que significa incluir? Segundo o dicionário Aurélio (2010),
incluir significa inserir algo, em algum lugar. Isso consiste em um processo de
inserção. Desta forma, o termo inserção se refere a incluir, ou seja, pode-se
dizer que neste contexto faz menção à inclusão de pessoas em algum lugar. Desse
modo, podemos considerar o lugar onde se aprende formalmente a ler a escrever,
como a escola. No entanto, em pleno século XXI, ainda se questiona, se nossas
escolas já superaram as metodologias e práticas vivenciadas anteriormente na
educação.
Tudo
indica que, a despeito de apregoar mudanças, a escola ainda continua
ressaltando determinada resistência em não priorizar uma nova prática que, como
uma linguagem mais abrangente, alcançaria resultados que oportunizassem mais o
processo de ensino e aprendizagem.
A
inclusão exige uma mudança de mentalidade e de valores nos modos de vida e é
algo mais profundo do que simples recomendações técnicas, como se fossem
receitas. Requer complexas reflexões de toda a comunidade escolar e humana para
admitir que o princípio fundamental da educação inclusiva é a valorização da
diversidade, presente numa comunidade humana.
No
Projeto Conviver e Inclusão de Neusa Venditte e no Método de Portfólios
Educacionais SDHI - Inclusão, Autismo e Educação - promovemos um conceito de
criança evolutivo e transcendente; segundo Kramer (2006) as mudanças ocorridas
nas formas de organização da sociedade contribuíram positivamente para um novo
olhar em relação à criança, a educação globalizante e principalmente nos
aspectos que envolvem a inclusão.
Conforme
Brasil (1994, p. 32):
[...] crianças e adolescentes com deficiência não
precisam e não devem estar fora das instituições de ensino regular de qualquer
nível, mas que têm os mesmos direitos que qualquer outro, com ou sem qualquer
tipo de deficiência. E ainda: Aos alunos com necessidades educacionais
especiais deverá ser dispensado apoio contínuo, desde a ajuda mínima nas
classes comuns, até a aplicação de programas suplementares de apoio pedagógico
na escola, ampliando-os, quando necessário, para receber a ajuda de professores
especializados e de pessoal de apoio externo.
Para Venditte e Ischkanian (2022, p.5), para alcançar tais desígnios,
gestores governamentais devem comprometer-se a projetar medidas de caráter
legislativo, social, educacional, trabalhista, ou de qualquer outra natureza
focados em projetos e planos, para as pessoas com deficiência e proporcionar a
sua plena integração à sociedade.
Percebe-se
assim que não bastam apenas recomendações técnicas, e, nem receitas prontas a
serem seguidas, mas deverá haver uma mudança na forma de pensar em relação ao
outro, de maneira que se valorize a diversidade e as necessidades das pessoas.
Mantoan (2003) afirma que um novo paradigma do conhecimento está surgindo: trata-se
de aceitar o outro em suas diferenças; visto que, este século é considerado a
era da comunicação e da informação, cujas fronteiras, rompem com um passado que
insiste em resistir às mudanças de um novo tempo; mas a escola não pode ignorar
as mudanças que fazem parte da sociedade.
Para
que realmente a educação inclusiva aconteça na prática, faz-se necessário uma
reestruturação geral, visto que a escola deverá tornar-se aberta à criação de
novas possibilidades de conhecimento (MANTOAN, 2003).
Uma Educação
Inclusiva significa oferecer oportunidades eqüitativas a todos os alunos,
incluindo também aqueles com deficiências severas, e para a realização desse
atendimento especial relacionado à sua especificidade, devendo ser levado em
consideração, vários aspectos, tais como: idade, localidade, etc., com intuito
de prepará-los para uma vida digna e participativa na sociedade vigente.